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Mostrando postagens de agosto, 2019

Depressão no Luto

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     E o que é a depressão no luto? Como mencionei no texto anterior, é o fundo do poço. É onde parece que nada mais terá sentido na vida sem aquele trabalho ou pessoa ou animal.      É quando a vida parece perder a cor, o sentido, e então pensamos que nada mais pode ajudar. É o momento em que paramos para uma avaliação.      Nesse momento de auto avaliação (tipo, o que eu poderia ter feito de diferente), arrependimentos podem surgir (porque não fiz isso ou aquilo), e com eles, a vontade de recuperar o tempo com os que aqui estão, como forma de compensação, evitando assim cometer as mesmas falhas.      É aqui, na depressão, na profundeza da dor, que enxergamos a importância e o real valor daquela pessoa, animal ou trabalho, algo que não percebemos ao estar sempre por perto. E é também aqui que identificamos possibilidades de mudança.      Mudança em relação às nossas atitudes, palavras, ou até mesmo em relação a valores de vida.      Começa-se então a enxergar

Luto: Negociando a Morte

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     A terceira fase do temido luto é quando "lembramos" que existe um "ser maior" e/ou quase sempre recorremos à nossa fé.      É aqui que começamos a dizer (ou pensar): "... e se eu fizesse isso ou aquilo, poderia trazer de volta..." ou "... prometo que nunca mais isso irá acontecer, mas me dá uma ajudinha...".      Como se fazendo isso, algo mudasse ou o tempo voltasse. E assim ficamos negociando com a vida, como uma forma de aplacar a dor que sentimos.      Esta parte do processo nem sempre é bem percebida, ou aceita. Alguns comentam que sequer passam por ela, e isso é bem possível. E porque não dizer que por vezes nem notamos que estamos passando por fases.      Aqui, na negociação, é quando procuramos reverter a situação, onde se inicia o processo de revisão de valores, nossos valores.      Nesta hora, remontamos nossos momentos e se aplicamos os valores que acreditamos. É quando a dor parece ser tão mais forte que

Raiva no luto?

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     O que podemos dizer da raiva? Ela é algo que nos consome logo após aquela sensação de frustração, quando então questionamos o porquê de ter sido assim, da forma como aconteceu.      A raiva é algo como que pudéssemos brigar com o objeto do luto e fazê-lo retornar às nossas vidas.      É muito comum que isso ocorra, mas talvez seja a fase menos longa, ou quase sempre vem acompanhada ou misturada com as demais, por esse motivo não percebemos muito sua presença.      E então, por que sentimos raiva? Por que sentimos essa necessidade de brigar com o objeto do luto?      A resposta é simples, porque "ele" fez algo que não estava na programação, nos deixando muitas vezes, sem chão, perdidos, frustrados. E porque não dizer indefesos, afinal é uma perda permanente, e nada podemos fazer para mudar essa realidade.      O importante é sabermos perceber que esse sentimento é natural, não devemos sentir medo, culpa ou qualquer outra coisa por termos esse