O DES-envolvimento dos bebês.




(por Cristiane A. Diniz, psicóloga)
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Mamães, papais, família de plantão, vocês sabiam que os bebês passam por uma fase parecida com a adolescência? Não!!! Então vamos lá que eu vou contar...

Os bebês em torno dos seis ou sete meses (em média) começam a sentar e de certa forma, a descobrir as coisas ao seu redor, e claro a reconhecer as pessoas. Em torno dos oito ou nove meses, começam a engatinhar, e com isso temos início à exploração, e a abertura das portas para o seu “des-envolvimento”, que nada mais é que sair do envolvimento até aqui tido com a mãe. Aí chega a idade de 1 ano de idade, onde muitas crianças estão começando a andar, falar as primeiras palavras, levar a comida à boca, e aí sim, descobrindo o grande mundo que existe em seu entorno. Estão se des-envolvendo, estão saindo do envolvimento pleno e total que tinham com a mãe. Eles começam a perceber que existe uma forma de realizar suas artimanhas sozinhos, que podem ser, de certa forma, independentes.

É então nessa fase, entre 2 e 3 anos de idade que a criança começa a reclamar, brigar, testar seus limites (e os dos pais), enfim, a criança aqui começa a se soltar dos pais, porque ela percebe que pode fazer as coisas à sua maneira.

E assim, nessa mudança de fase, de bebê para criança, que temos a primeira adolescência, é onde a criança começa a questionar tudo, a se descobrir como pessoa de fato e enfrentar seus medos, iniciam-se de fato seus desafios pessoais, e seu crescimento.

Precisamos nessa nova empreitada da criança, estimular sim suas descobertas, seu crescimento, seu desejo de independência, porém, também é necessário disciplina, rotina, repreensão no que for errado, castigos, imposição de limites, frustrações, e acima de tudo é o momento onde precisa-se de mais afeto, amor, atenção.

Vamos por partes, como é o momento onde a criança está desbravando horizontes, ela começará a tentar ultrapassar certos limites, muitos “nãos” serão ditos, e a criança irá ignorá-los, e cabe aos pais, cumprir seu papel e não ser permissivo, apresentar à criança regras e limites.

A criança aqui é concreta, ou seja, não adianta explicar com detalhes porque pode ou porque não. Neste momento é sim ou não e acabou, porque tudo o que for explicado depois não será absorvido.

A criança não tem medo, e por esse motivo a atenção deve ser redobrada, mas não se deve evitar que ela, por exemplo, pegue seu brinquedo sobre a cama, puxando um banquinho, porque é aqui que eles começam a entender que podem criar estratégias para alcançar as coisas, aqui se percebe o desenvolvimento cognitivo, a capacidade da criança planejar como fazer, e por isso não devemos simplesmente dar tudo na mão.

Agora, o que é de fato primordial, importante, imperativo, é que, mesmo no momento da bronca, ou da disciplina, haja amor, afeto, carinho. Porque podemos ser enérgicos demonstrando afeição e amor. Lembre-se que a criança sente o que está a sua volta, e se o seu sentimento for de raiva e indignação, ela não criará respeito e confiança, haverá ali somente medo. E estou certa que não é o que pais querem de seus filhos.

Percebam que educar não é tarefa fácil, crianças não vêm com manual de instruções, então o aprendizado não é só deles, o aprendizado também é dos pais. Com a diferença que os pais sabem discernir seus sentimentos e sensações, os pequenos não.


Vamos aprender a educar nossos pequenos, porque somente assim, eles terão um excelente futuro. 

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