... Esse é o Nosso Papel ...
Como psicóloga, procuro (e preciso) ter boa escuta e por
vezes oriento meus pacientes / clientes em diversas questões, e a partir daí,
após refletirem, eles atuam dentro do que entendem como as melhores decisões
para si mesmos.
E então me pego pensando, como as vezes me sinto hipócrita,
porque muitas coisas que enxergo ser a melhor forma de viver, não consigo
aplicar a mim mesma.
E porquê decidi escrever sobre isso, onde acabo expondo a
mim e minhas dificuldades. E essa resposta é a mais interessante.
Venho percebendo há algum tempo o quanto nós, psicólogos,
somos vistos como os “sabichões”, como pessoas que têm as respostas para todas
as coisas, e assim sendo, estamos acima de todos os males e dificuldades.
Afirmo categoricamente que antes de sermos psicólogos, somos
seres humanos (tenho certeza disso), cheios de neuras, medos e com tantas
incertezas como tantos outros seres humanos. Até podemos saber e ter
conhecimento de muitas coisas na teoria (outras em prática de vida – o que não
significa que isso serve de algo para “o outro”, porque a experiência é minha e
única).
Porém, o que realmente quero deixar aqui é que temos tantas
necessidades, prazeres, amores, dificuldades, alegrias e tristezas, quanto
todas as pessoas. E sim, nos cuidamos através de terapia (ah, nós também temos
um psicólogo para chamar de meu), supervisão, cursos, estudos.
Não somos detentores do saber “como fazer a vida do ‘outro’
ser a melhor e mais feliz”, mas podemos sim, como profissional trilhar esse
caminho de descobertas com cada um, a fim de colaborar no desenvolvimento de um
maior autoconhecimento, que no fim trará mais leveza e alegria de viver.
Esse é o nosso papel.
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