Escrever ... será que é bom?
Há algum tempo venho pensando sobre a escrita e o que esse
processo significa para as pessoas. Mas pensar no significado para outras pessoas
é algo bem difícil, então, resolvi olhar para mim.
O ato de escrever para mim, é, no mínimo, libertador. Poder expressar,
colocar em palavras tudo o que muitas vezes quero esconder de mim mesma, sem a
preocupação de estar bem escrito, com acentuação ou pontuação correta, é o
máximo.
Quando falo em escrever, é algo como um diário, do tipo que
não precisa ser visitado todos os dias. É simplesmente um caderno onde
depositarei meus sentimentos e sensações sempre que achar ser necessário.
E claro que não é só sobre os momentos ruins ou tristes, tem
os agradecimentos, as surpresas, as alegrias, as conquistas e realizações de
sonhos que precisam estar no papel, porque na maior parte do tempo, só trazemos
o ruim, o pesado.
Hoje em dia temos tantas formas para escrever, computadores,
celulares, blocos, mas eu garanto que nada é tão efetivo quanto o bom e velho
caderno. Afinal, não podemos deixar lágrimas caírem nos teclados de um
computador, e nem pegar o celular com as mãos molhadas sem deixa-lo ensebado.
O bom e velho papel e caneta, não nos faz sentir a
necessidade do politicamente correto. Não nos obriga a corrigir a ortografia, e
podemos apertar a caneta quando estamos com raiva, o que não se pode fazer no
teclado. Sem contar o fato que uma vez colocado no papel, não tem como tirar de
lá. Podemos até passar um corretivo, mas a escrita estará lá, debaixo daquele
branquinho...
Enfim, o escrever é terapêutico, porque nos obriga a pensar
nas coisas que nos incomodam, nos pontos que precisamos mudar em nós mesmos. É no
momento da escrita que realmente temos um contato pessoal conosco, com um “eu”
que somente nós conhecemos, e que muitas vezes deixamos de olhar.
Vamos escrever mais, criar mais, exercitar o
autoconhecimento e o autocuidado, afinal, só assim poderemos ser pessoas melhores.
Bora enfrentar esse desafio?
Comentários
Postar um comentário