Sempre fomos mães



Interessante como sempre tivemos a questão da maternidade dentro de nós mulheres, mas nunca prestamos atenção a esse detalhe. Essa questão sempre foi forte em nós.
Quem de nossa maioria não se recorda de na infância brincar com suas bonecas, chamando-as de filhinhas e tratando-as exatamente como nossas mães nos tratavam, seja com carinho, seja com severidade, mas sempre como nossas mães ou como nosso exemplo feminino.
E ao crescer, quantas não tivemos (ou ainda temos) uma amiga ou irmã que sendo mais nova sempre que necessário ou solicitado era defendida ou repreendida por nós, para a qual oferecíamos um abraço, um sorriso, uma bronca. De qualquer forma, sempre exercemos nossa maternidade. De forma inconsciente, porém sempre exercido.
Segundo D. W. Winnicott (médico pediatra e psicanalista inglês), a questão da maternidade é inerente à mulher, e ocorre como amadurecimento inicial e com a formação da identidade feminina, ou seja, mesmo não havendo estímulo na infância ainda assim a mulher tem capacidade de atuar nesse papel de forma instintiva, sendo crescente de acordo com a experiência adquirida.
Se quando crianças desenvolvemos tão bem esse papel com nossas bonecas, mais tarde com nossos amigos, por que então temos tantas questões internas e inseguranças quando trata-se de nossa própria cria?
Talvez porque como adultos queremos atender as expectativas externas, ou seja, não queremos decepcionar nossos pais, sogros e amigos, o que termina por bloquear ou colocar em dúvida o que acreditávamos saber.
Por esse aspecto, tudo o que pode ser feito é olharmos para a situação de forma objetiva, e porque não dizer, egoísta, deixando de lado a expectativa alheia e olhando para nosso interior, encontrando aquela força e coragem quase infantil, tomando as rédeas da criação de nossos filhos acreditando que temos esse poder, afinal de contas, a experiência só vem com a prática.
Então mamãe, aproprie-se de sua capacidade de fêmea alfa acreditando em seus instintos e colocando-os em prática, afinal de contas, ninguém conhece melhor seus filhos que a sua própria mãe.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dê Tempo aos Seus Processos

Mas Já???

Vamos Falar Sobre Luto?