Emoções




Agora que temos um apanhado das emoções básicas; como as percebemos em nosso dia a dia? Ou ainda; será que realmente as percebemos em nosso cotidiano, ou simplesmente ignoramos sua existência?

Sentir não é algo fácil, confortável. Muitas vezes sentir é doloroso, ou então é bom demais e assim ficamos viciados em querer sentir somente o bom.

Todos temos emoções, e as vivenciamos todas por diversas vezes no decorrer do dia. Mas por que escolhemos uma ou outra? Por que não queremos sentir todas as coisas? Para essas respostas, vamos a cada uma das emoções.

Amamos a ALEGRIA. Ela nos levanta, nos faz ser queridos, afinal quem não gosta de estar ao lado de alguém que sempre está de bem com a vida? A alegria facilita nossa aceitação da vida e das pessoas.

Temos a tendência de descartar a TRISTEZA, porque supostamente nos coloca para baixo, nos torna seres introspectivos, e porque não dizer melancólicos. A tristeza no leva a pensar, a ponderar sobre o motivo pelo qual estamos aqui (ou ali), nesse ponto nos faz olhar para dentro, e isso é quase sempre assustador, afinal de contas nos obrigamos a enxergar nossos defeitos e falhas. É um processo doloroso e que nos impulsiona a mudar, e claro que mudar dá trabalho (e também causar algumas dores).

Então chega o MEDO, esse bichinho que quase nos paralisa. Essa sensação de que é melhor ficar onde está porque o desconhecido pode não ser exatamente o que desejamos ou almejamos. A ideia (e porque não) o fantasma de que tudo pode dar errado. O fantasma do fracasso nos faz acomodar utilizando-se do medo para isso e assim estagnamos.

Aí chega a RAIVA (de nós mesmos) por não ter realizado nada até aquele determinado momento. Raiva por não ter competência suficiente para continuar, pular o obstáculo e caminhar. E esse sentimento nos toma de forma tão intensa que é necessário externar, colocar para fora, explodir com tudo e todos, como se o outro fosse culpado de todas nossas não decisões.

Isso nos torna pessoas amargas, repletas de NOJO, dessas que reclamam de tudo, que nada está certo ou é bom. E assim o ciclo continua, a não ser que tomemos uma atitude e troquemos eles de posição no ciclo...

As emoções ocorrem de forma sutil, porém intensa dentro de nós, que somos humanos. Todas elas,e muitas são escondidas do mundo por receio de julgamentos, ou por não apresentar-se forte.

A melhor maneira de vivermos nossas emoções é percebê-las, sentí-las e entendê-las. E se em algum momento nos perdermos ou nos sentirmos empacados, falar sobre elas, porque muitas vezes nem sabemos identificar o que está acontecendo, e nesse momento, pedir ajuda não é ruim, ao contrário, é importante.

As emoções não nos foram colocadas para causar ou nos levar ao mal. Elas estão presentes para nos impulsionar, nos fazer humanos. E sempre uma depende ou é consequência da outra. Dificilmente caminham separadas. Evitar sentir, com o tempo nos torna pessoas amargas, frias e solitárias.

Precisamos ser racionais para algumas decisões, mas nossa racionalidade sempre está também pautada em alguma emoção, só que não percebemos.

A melhor forma de seguir nosso caminho é sempre sentindo. Vamos começar aos poucos, a perceber nossas emoções (porque isso não é ensinado em casa ou na escola), e nominá-las, e informar ao outro o que sentimos.

Porque nem sempre um sorriso é alegria, ele pode ser medo, raiva. Da mesma forma que uma lágrima pode não ser tristeza e sim alegria, satisfação. O medo pode não ser pavor e sim cuidado, atenção e a raiva pode não ser ódio e sim frustração.

Enfim, perceber nossas emoções pode nos fazer pessoas melhores, e somente assim poderemos contribui para uma melhor experiência de vida.

Por Cristiane de Andrade Diniz
Psicóloga, CRP 06/139747
tel. (11) 97626-5474

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dê Tempo aos Seus Processos

Mas Já???

Vamos Falar Sobre Luto?