O que levar de 2018, além de gratidão...





Por que será que é nesta época de festejos de Natal e final de ano, entre reuniões de família e as promessas para o ano vindouro, que tantas pessoas se deprimem, tem grandes crises de ansiedade, tiram a própria vida de forma simbólica ou literalmente? A resposta é bem simples, é o balanço, a retrospectiva que os leva ou nos leva a tantas dores e decepções.

Mas será que é esse balanço que nos leva para baixo, para um buraco tão fundo que não sabemos como sair, ou é a nossa forma de enxergar e entender como as coisas aconteceram?

Bem, posso explicar melhor colocando meu ano como exemplo. De meu 2018, o que eu trago comigo é GRATIDÃO.

E quem me conhece deve estar perguntando: como assim gratidão num ano que pessoas queridas se foram (no plural - inclusive minha mãezinha), em que pessoas queridas tiveram problemas sérios de saúde, inclusive eu (passando por cirurgia). Um ano onde ficou 11 meses sem um trabalho remunerado, e que também não conseguiu estar ou falar com amigos queridos? Como ser grata dentro de tantas atrocidades que a vida lhe ofereceu num tão curto espaço de tempo?

Assim minha resposta é simples. Tudo depende da forma como eu quero enxergar o ano de 2018. Não serei hipócrita dizendo que não houve dor e sofrimento. Porém o que importa é o que essa dor e sofrimento me trouxe, e aí vem o motivo da gratidão.

Tudo o que o ano trouxe me ensinou que eu precisava passar, experenciar esses acontecimentos para então entender, absorver e amadurecer como ser humano.

Gratidão por me ajudar a perceber que preciso estar mais presente para as pessoas que amo, verbalizando meus sentimentos e não deduzindo que elas já sabem.

Gratidão porque passando por problemas de saúde percebi que não estou sozinha, que tenho família e amigos, pessoas importantes para mim e para as quais eu tenho importância.

Gratidão por nesses 11 meses sem trabalho remunerado, passei mais tempo com minha mãe, demonstrando e dizendo à ela o tamanho de sua importância em minha vida, o quanto me orgulho (sim no presente) de ser sua filha, agradecendo por toda a ajuda e apoio que deu na educação de minhas filhas, e o mais importante – pelo menos para mim – a abracei muito (mesmo sem que ela gostasse) e disse diversas vezes o quanto a amo (também no presente).

Esse é o motivo da GRATIDÃO, 2018 trouxe todas as lições que eu precisava estudar para aprender, e então passar a exercer mais e melhor. E aprender o que afinal?

           - que a vida é curta demais para darmos valor só às grandes coisas e deixar passar os detalhes;

          - que se dermos oportunidades e olharmos com atenção, sempre estamos rodeados por pessoas que nos amam;

           - que se não verbalizarmos às pessoas o que sentimos por elas, talvez elas jamais saibam;

      - que se não vivenciarmos nossas emoções e sentimentos, acabaremos adoecidos física e mentalmente;

         - e a maior lição de todas: que tudo o que acontece em nossas vidas é para nosso crescimento, fortalecimento e amadurecimento, ou seja, a vida é boa, as coisas que parecem ruins são boas, só depende de como escolhemos encarar.

Pode vir 2019, que estou super pronta para ti. E à 2018, a palavra de ordem, gratidão!!!

Feliz 2019!!!


Cristiane de Andrade Diniz
Psicóloga
CRP 06/139747

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