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Natal: Uma Nova Visao

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Interessante como vemos essa data. Todos sabemos que a comemoração do Natal está relacionada ao nascimento de Jesus, e é considerada uma data cristã. Mas atualmente é algo muito comercial, então resolvi ir um pouco além disso, e fui na definição da palavra, e aqui está: Natal: adjetivo de dois gêneros 1.     Relativo a nascimento; natalício 2.     Onde ocorreu o nascimento (de alguém ou de algo); natalício             Assim cheguei à conclusão que trata-se de nascimento, renovação. E como vemos essa época? Por que tantas pessoas sofrem absurdamente nesse período? Por que há uma euforia manifesta e um intenso silêncio interno?            Vivemos em nossos dias um período de demonstrações de felicidade constantes, o que não é verdadeiro. Ninguém é feliz 100% do empo. Mas para quem olha, a sensação é de que não existam problemas para esta ou aquela pessoa, e então isso se torna seu objetivo de vida.            Todos temos problemas, alguns maiores, outes menores, e

A Chave Para Todas as Coisas

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     Há um tempinho me pego reclamando de não conseguir escrever, de não ter tempo. Com isso, comecei a olhar ao redor e percebi como é fácil reclamar.      Reclamamos da TV alta; reclamamos de engordar; reclamamos a ausência de um amigo ou parente; reclamamos da vaga no estacionamento do shopping (por ser apertada, por estar longe da entrada, por serem preferenciais), reclamamos do nosso trabalho, reclamamos de acordar cedo, reclamamos do sol, da chuva, do frio, do calor...      Reclamamos, reclamamos e reclamamos...      E refletindo sobre isso, me dei conta que só venho lamentando, só reclamando e que não tenho feito nada mais a respeito. Fora que o verbo reclamar, me leva a re-clamar, que nada mais é que clamar de novo, pela mesma coisa, ou seja, nada vai mudar.      E aí, fazendo algumas leituras, me deparo com a frase de Freud: “ qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa ?”. E de repente ouço uma voz: É necessário ATITUDE para que as cois

Finalmente, a Aceitação do Luto

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Definições: Aceitação : ação ou efeito de aceitar, concordar. Aceitar : consentir em receber; estar de acordo ou conformar-se com.      Neste ponto não significa que a dor acabou. Não significa que não vamos mais chorar. O real significado para aceitação no luto é que deste momento em diante conseguiremos, de alguma forma, compreender todo o processo e ressignificar a dor, dando à ela outra forma.      Percebemos que esse processo (de perda) faz parte do ciclo da vida, e que através dele tiramos (ou não) grandes aprendizados.      Depois de tantas emoções e sentimentos conflitantes, aprendemos que a "morte" faz parte da vida. Aprendemos a falar e/ou lembrar a questão da perda com saudade.      Passamos a ter recordações, a ver as coisas e as situações alegres; ainda haverá lágrimas, talvez um pouco de dor, porém tudo será mais leve, porque nos damos conta de que o valor real está nas experiências vividas, nas palavras que foram ditas.      Percebe-se

Depressão no Luto

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     E o que é a depressão no luto? Como mencionei no texto anterior, é o fundo do poço. É onde parece que nada mais terá sentido na vida sem aquele trabalho ou pessoa ou animal.      É quando a vida parece perder a cor, o sentido, e então pensamos que nada mais pode ajudar. É o momento em que paramos para uma avaliação.      Nesse momento de auto avaliação (tipo, o que eu poderia ter feito de diferente), arrependimentos podem surgir (porque não fiz isso ou aquilo), e com eles, a vontade de recuperar o tempo com os que aqui estão, como forma de compensação, evitando assim cometer as mesmas falhas.      É aqui, na depressão, na profundeza da dor, que enxergamos a importância e o real valor daquela pessoa, animal ou trabalho, algo que não percebemos ao estar sempre por perto. E é também aqui que identificamos possibilidades de mudança.      Mudança em relação às nossas atitudes, palavras, ou até mesmo em relação a valores de vida.      Começa-se então a enxergar

Luto: Negociando a Morte

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     A terceira fase do temido luto é quando "lembramos" que existe um "ser maior" e/ou quase sempre recorremos à nossa fé.      É aqui que começamos a dizer (ou pensar): "... e se eu fizesse isso ou aquilo, poderia trazer de volta..." ou "... prometo que nunca mais isso irá acontecer, mas me dá uma ajudinha...".      Como se fazendo isso, algo mudasse ou o tempo voltasse. E assim ficamos negociando com a vida, como uma forma de aplacar a dor que sentimos.      Esta parte do processo nem sempre é bem percebida, ou aceita. Alguns comentam que sequer passam por ela, e isso é bem possível. E porque não dizer que por vezes nem notamos que estamos passando por fases.      Aqui, na negociação, é quando procuramos reverter a situação, onde se inicia o processo de revisão de valores, nossos valores.      Nesta hora, remontamos nossos momentos e se aplicamos os valores que acreditamos. É quando a dor parece ser tão mais forte que

Raiva no luto?

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     O que podemos dizer da raiva? Ela é algo que nos consome logo após aquela sensação de frustração, quando então questionamos o porquê de ter sido assim, da forma como aconteceu.      A raiva é algo como que pudéssemos brigar com o objeto do luto e fazê-lo retornar às nossas vidas.      É muito comum que isso ocorra, mas talvez seja a fase menos longa, ou quase sempre vem acompanhada ou misturada com as demais, por esse motivo não percebemos muito sua presença.      E então, por que sentimos raiva? Por que sentimos essa necessidade de brigar com o objeto do luto?      A resposta é simples, porque "ele" fez algo que não estava na programação, nos deixando muitas vezes, sem chão, perdidos, frustrados. E porque não dizer indefesos, afinal é uma perda permanente, e nada podemos fazer para mudar essa realidade.      O importante é sabermos perceber que esse sentimento é natural, não devemos sentir medo, culpa ou qualquer outra coisa por termos esse

Luto - Porque Negar?

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     Sobre o Luto, a "negação" é o primeiro passo. É algo muito natural, espontâneo. Muitas vezes (ou todas elas) nem percebemos que o negamos, que não concordamos com ele.      Ao perdemos algo, ou alguém, um dos primeiros pensamentos é: "não pode ser", "não acredito", "está errado", "logo mais ele entrará por essa porta", e uma série de outras questões que fingimos não ter existido.      E qual o motivo, qual a razão para esse primeiro fator, o negar?      A negação é uma fuga de nosso inconsciente, está vinculada à vontade de evitar a dor, ao medo de vivenciar essa experiência desagradável de perda, à necessidade que todos temos de controlar a vida, e não pensar na finitude das coisas.      Quando algo é negado, ele deixa de existir, ou seja, se negamos a morte ou perda, ela supostamente deixa de existir e isso nos ajudará a não sofrer, nem que seja por segundos, minutos, horas ou anos, mas sempre será por um certo período

Vamos Falar Sobre Luto?

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               O que é? De onde vem? Quais são os gatilhos para o tão famoso e temido luto?         Todas as pessoas, de uma maneira ou de outra, já passaram por uma situação de luto. Seja a perda do emprego, a morte de um animal de estimação, mudança de escola, de casa, troca de carro... e a mais perceptível, a morte de um ente querido.         Apesar de necessário, é bastante incomum pensarmos no “fim” como parte do processo em nossas vidas.         Iniciamos os estudos, sabendo que há tempo de início e fim, porém é uma grande luta interna quando acaba. Trocar de emprego também é um processo, o sair da empresa antiga, quebrar vínculos estabelecidos. Temos consciência que nascemos com certo prazo de validade, e que a morte faz parte da vida, porém quando ocorre não a aceitamos.         O fato mais interessante nisso tudo é de não termos consciência que qualquer perda é um luto. E que essa perda causa dor. Dor essa que todo ser humano emocionalmente saudável