Alegria




Definição: estado de viva satisfação, de vivo contentamento; regozijo, júbilo, prazer.

Lendo a definição e falando sobre a personagem Alegria da animação Divertida Mente, tudo se encaixa. A nossa primeira personagem é apresentada como a líder dos sentimentos, a principal, a que coordena e comanda o dia a dia da pequena Riley. A Alegria toma conta de tudo, com seu olhar encantado sobre tudo, independente das dificuldades. Me atrevo a dizer que de certa forma ela acaba por não permitir que os demais sentimentos se manifestem, e dependendo de nosso olhar, eles até parecem irrelevantes diante dela.

Trazendo para o nosso cotidiano, como é vista a alegria, se não da mesma maneira que no filme. Vivemos um tempo onde a felicidade é cultuada, seja nas redes sociais (ambiente que ninguém tem problema algum, a vida sempre é bela, não há conflitos, o sol brilha eternamente), no trabalho ou em casa, uma pessoa não pode ser mais contida, ou tímida, ou mais séria, que criamos a ideia de que ela não está feliz ou de que é chata.

Entendo que não podemos viver num mundo onde tudo é só cinza e sem perspectivas, mas não querer enxergar que em algum momento ou situação é necessário introspecção, deixar essa alegria descansar para que possamos ver de forma nua e crua, pensando na solução ou pelo menos num direcionamento objetivo, é quase beirar a loucura.

E me atrevo a dizer, que viver somente a intensidade da alegria é uma forma de loucura. Afinal, já diziam nossos avós, tudo o que é demais pode ser um problema. Precisamos de equilíbrio em todos os setores de nossa vida.

Não digo que não podemos ou devemos ser felizes, porque sim devemos. O que quero deixar claro, e é exponencialmente apresentado na animação, é que não vivemos só de ALEGRIAS. Nosso mundo, nossa existência é feita das demais emoções.

Agora pense, até que ponto você se deixa enganar pela ALEGRIA? E o que você está fazendo com os demais sentimentos? 

por Cristiane Andrade Diniz 
Psicóloga, CRP 06/139747


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