Psicologia, psicólogos, terapia... Isso é para os malucos!!!


Vamos começar desmistificando o senso comum de que “psicólogo é coisa para loucos”.
Primeiro definindo o que é Psicologia segundo o Dicionário Aurélio:
1. ramo da ciência que estuda a mente e os processos mentais, especialmente no que se relaciona ao comportamento humano e de suas interações com um ambiente físico e social.
2. conjunto de estados e disposições psíquicas mentais de um indivíduo ou grupo de indivíduos (ex.: não entendo a psicologia dos jovens).

Então depois da definição exata, posso resumir dizendo que Psicologia é a ciência que estuda a mente humana, seu comportamento e relações interpessoais. Nós psicólogos estudamos o indivíduo em sua subjetividade (forma de ser), como um ser único e o ajudamos a identificar-se como tal.
Quanto ao louco, hoje em dia todo mundo é um pouco doido, louco, maluco, uma vez que a definição de loucura nada mais é que a perda da razão. Então se você já sentiu raiva extrema ao ponto de sair xingando, tristeza profunda a ponto de não querer sair do sofá, uma alegria tão intensa que te levaria a cantar e dançar, e claro, quem não se apaixonou pelo menos uma vez na vida que nada mais importa a não ser o seu objeto de paixão? Ou seja, todos nós já perdemos a razão em algum momento. E como trabalhamos isso em nossa vida, em nossas relações diárias com o outro ou com nós mesmos?
Fazer terapia não é simplesmente ter alguém para conversar, isso você faz com seu colega de trabalho. Não é pedir conselhos, isso você tem ao conversar com seu amigo, com sua família, que estão sempre prontos a ajudar.
Fazer terapia é cuidar de sua saúde mental, de sua saúde emocional. É ter alguém com quem falar sobre questões de sua vida no passado e/ou presente, e que você nem percebeu não ter resolvido. É poder contar sobre suas angústias, opções, medos, fracassos e sucessos sem medo de ser julgado. É ter alguém que olhe para você e suas questões de forma neutra, lhe orientando de maneira tão sutil, que quando você menos esperar terá percebido que aquilo que antes era visto como uma tempestade em sua vida, na verdade não passou de uma garoa. Ou até mesmo perceber que foi (ou ainda é) uma grande tempestade, mas que agora você tem abrigo e sabe exatamente como lidar com ela.
Enfim, ir ao psicólogo (ou fazer terapia) é uma viagem ao desconhecido (que chamamos de inconsciente) com o objetivo final de autoconhecimento. É uma viagem que inicialmente pode ser dolorosa, afinal não é fácil lidar com nossos fantasmas, mas que no final dessa jornada, podemos nos sentir satisfeitos, gratos e encorajados de ali estarmos, como que sentados na beira da praia após uma longa caminhada ou no alto de uma montanha após uma longa trilha, apenas para observar um lindo pôr do sol, e poder pensar “estou feliz por ter chegado até aqui”.
Para pensar:

“Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?” (Sigmund Freud).

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