Somos seres humanos e não robôs



         Quando uma máquina quebra, ou desgasta, normalmente chamamos um técnico, uma pessoa especializada no assunto que irá nos dizer onde está o problema e o que é necessário para resolver. Realizados os ajustes e/ou trocas, nossa máquina está pronta novamente.
         Podemos pensar nosso organismo com uma máquina, que vez ou outra precisa de ajustes, e por esse motivo procuramos um médico (uma dor de cabeça, uma gripe, um braço quebrado). Porém não somos somente isso, temos algo que nos torna mais complexos que uma simples máquina. Somos um conjunto orgânico e emocional. O orgânico, tratado pelos médicos, tem funcionamento igual (coração, rins, fígado, estômago), ou no mínimo padronizado em todos os seres humanos. Mas, e nossa outra parte? A emocional. Essas são únicas na forma de sentir e reagir em cada ser humano. Temos que entender que nossa saúde é baseada no conjunto, no todo orgânico e emocional. A prova está em nossas reações orgânicas provenientes de nossas emoções (lágrimas, sorrisos, ofensas verbais, fuga).
         As nossas emoções são responsáveis por nossas reações aos acontecimentos do dia a dia, o que pode nos causar dores de cabeça, de estômago, ou seja, somos muito mais que um monte de organismos sob nossa pele, somos um todo, um complexo conjunto de órgãos e emoções. Então porque nos preocupamos tanto com nossa saúde física e tão pouco com nossa saúde emocional? Sabemos de fato quais são nossas 5 emoções básicas, aquelas que geram tantas outras variáveis? E estamos preparados para lidar com elas?
         Vamos saber quais são elas (se você já assistiu a animação DivertidaMente, com certeza já sabe): ALEGRIA, aquela que nos deixa extasiados, que nos mostra que valeu a pena o esforço realizado em uma tarefa; TRISTEZA, essa supostamente é o oposto da primeira, nos coloca para baixo, é a que sentimos no momento da frustração (junto com outra que vou descrever a seguir), no momento do luto, da separação de algo (ou alguém importante), é a que nos faz questionar o motivo pelo qual continuamos; RAIVA, essa é a que nos faz querer destruir o universo, é a que vem normalmente junto com a frustração ou desilusão; MEDO, esse tem muitas facetas, ele nos torna prudentes, cautelosos quando sentido na medida certa, mas que também pode nos paralisar, nos afastando de coisas ou momentos, AFETO, finalmente ele, o que nos faz sentir empatia (ou não), esse é o responsável por fazer qualquer pessoa mudar sua fisionomia ao olhar para o rostinho de um bebê ao dormir, ou que te faz sorrir ao lembrar de um momento especial em sua vida.
         As emoções são uma constante em nosso dia a dia, então porque não as valorizamos, não cuidamos dela como cuidamos de nossa saúde física? Pelo simples fato de que não fomos ensinados a percebê-las em nossas vidas e o quanto elas nos afetam, pelo fato de não ser algo palpável como uma fratura exposta. Cada ser humano é um conjunto de emoções, sentimentos e organismos, todos em constante movimento dentro deste recipiente que é o nosso corpo. E como somos seres únicos, sentimos de forma única; podemos passar por uma situação idêntica e ainda assim nossas reações são e serão diferentes.

         Então, lembrando que somos esse conjunto complexo de emoções, sentimentos e organismos, que tal tentarmos perceber – pelo menos uma vez no dia – como estão essas emoções e qual o impacto que elas estão causando em nossa máquina. Tenho certeza que iremos nos surpreender com os resultados.

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