Vamos falar de medo?



Resolvi falar sobre algo que nos incomoda grandemente, mas que nos move incrivelmente, mesmo que não tenhamos essa percepção. O medo.

Apesar de parecer algo ruim e prejudicial, e claro que por vezes ele de fato é, também posso afirmar que o medo é algo que nos coloca em alerta, e nos torna mais cuidadosos.

O medo da chuva nos obriga a carregar guarda chuvas; o medo de receber choque nos impede de brincar ou mexer com eletricidade; o medo de adoecer nos leva a médicos para realizarmos um check-up. Em resumo o medo é que nos move de forma cautelosa.

Porém existe também o medo que paralisa, aquele que por ser exagerado, acaba por nos travar. O que neste caso vai além do medo e passa a ser uma fobia. Assim é com aranhas, altura e tantas outras coisas. E essas devem ser tratadas sem sombra de dúvida.

Mas o que quero aqui é apresentar que o medo não é só essa coisa ruim, à qual sempre associamos. Parece sem importância, mas como seria se não tivéssemos medo de atravessar uma rua movimentada? Ou se não tivéssemos medo de mexer numa colmeia a fim de colhermos o mel?

O medo é uma emoção primária que não necessariamente nos leva a pensar e sim nos faz reagir, ele nos coloca em estado de alerta, poupando-nos muitas vezes de grandes dores de cabeça.

Acredito que por sempre ser associado a uma sensação desconfortável, tornamos o medo uma emoção a qual não queremos pensar ou perceber. O mesmo não acontece com crianças pequenas, porque ainda não têm a percepção de suas emoções, para elas, criancinhas, as emoções existem, mas são sentidas como uma reação do corpo às coisas sem saber o que realmente são. Nomear as emoções é algo que deve ser ensinado, mas isso é assunto para outro dia, voltemos ao nosso amigo medo.

Isso mesmo, nosso “amigo” medo. Definitivamente graças a ele não corremos riscos desnecessários. Não atravessamos a rua sem olhar, não colocamos a mão no fogo, não pulamos de grandes alturas (sem proteção).

A intenção aqui não é dizer que o medo em excesso não deve ser cuidado, e sim apresentar o medo como algo não só monstruoso, mas que também pode ser associado a coisas boas, e que nos move para longe do que pode nos causar dano.


Espero ter conseguido apresentar essa nossa emoção primária de forma sucinta e clara, ajudando a pensar o medo de uma forma menos dramática.

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